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Quando os olhos vão se abrir
Para o retrato da sociedade
Fome, morte e miséria
Se alastrando na cidade.
Capitalistas avançam massacrando milhões
Mas é a nós que eles taxam de ser um chute nos culhões.
Nervo exposto da realidade
Um furúnculo na bunda da sociedade
Nós não somos os donos da verdade
Para o inferno essa podre sociedade.
Eu quero a rosa dos famintos
Seus sonhos e segredos mais sucintos
Queremos o sono dos aflitos
Escutem o meu escarro, escutem o meu grito
Somos um nojento vômito entranhado nos porões da decadência moral
O último e maléfico frêmito encarnado em todo mal
Sociedade fétida, orgulho da nação, nó na garganta, dor no coração
Mente trabalhando sem emoção, eu vou vomitando na multidão!
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